Neste artigo, exploramos as principais tendências em arquitetura sustentável, destacando inovações tecnológicas, materiais ecológicos e abordagens que vêm transformando a forma como projetamos e construímos nossos espaços.
Na Bienal de Arquitetura de Veneza de 2025, o arquiteto belga Bas Smets — também responsável pelo novo paisagismo de Notre Dame — apresentou o pavilhão Building Biospheres, uma proposta que investiga como a arquitetura pode se beneficiar da inteligência das plantas. Em parceria com o neurobiólogo vegetal Stefano Mancuso, o projeto usa sensores para entender como as plantas atuam na criação de microclimas nos ambientes construídos.
Materiais biobaseados, como cânhamo, palha e micélio, vêm ganhando destaque na construção civil. Derivados de fontes renováveis e de origem biológica, esses materiais oferecem alternativas sustentáveis aos tradicionais, reduzindo a pegada de carbono da construção e promovendo a economia circular. Um exemplo é o hempcrete — mistura de cânhamo (uma variedade da cannabis), cal e água —, que resulta em um material leve, isolante e com baixa emissão de carbono.
Pesquisadores têm proposto fachadas modulares com fotobiorreatores que utilizam microalgas para capturar CO₂ e produzir oxigênio. Além de contribuírem para a qualidade do ar, essas fachadas oferecem isolamento térmico e podem ser integradas de forma estética aos edifícios.
Após o impacto do furacão Sandy, foi criado o concurso “Rebuild by Design”, no qual o arquiteto Bjarke Ingels apresentou o conceito de sustentabilidade hedonista. A ideia é unir prazer e responsabilidade ambiental. Projetos como o BIG U, em Nova York, ilustram essa abordagem ao combinar infraestrutura de proteção contra inundações com espaços públicos recreativos — mostrando que sustentabilidade e qualidade de vida podem, sim, caminhar juntas.
Iniciativas como o Ammodo Architecture Award e o Global Award for Sustainable Architecture celebram projetos comprometidos com a responsabilidade social e ambiental. Em 2024, o Estúdio Flume, do Brasil, foi reconhecido por seu trabalho com o Centro de Referência das Quebradeiras de Babaçu.
Além das inovações globais, há práticas acessíveis que podem ser adotadas no dia a dia dos projetos para promover maior sustentabilidade:
Projeto de Arquitetura Cultural, de Hotelaria e Sustentável na Amazônia – Casa do Saber – Escritório de Arquitetura MWARQ
Acima de tudo, sustentabilidade é pensar local. Não adianta buscar os materiais mais ecológicos se o transporte até a obra gera uma enorme pegada de carbono. Optar por soluções locais é mais econômico, fortalece o entorno social, gera maior conexão com o edifício — e, claro, é mais sustentável.
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